quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO (por Fernando Raasch)


Hoje, dia 11 de fevereiro, é o dia do meu aniversário, então... FELIZ ANIVERSÁRIO!!!

Sim, claro, é estranho, o mais natural seria aguardar pelas felicitações de aniversário, aguardar que meus familiares, amigos manifestassem seus votos, claro os que se lembrassem ou até os que soubessem disso. Mas o meu aniversário de hoje é diferente, pra mim ao menos. Apesar de muita gente me dizer “que nada, é um dia como outro qualquer, é um aniversário como outro qualquer”, mas não. É meu aniversário de 50 anos. Meu cinqüentenário, meu dia de se tornar um “cinqüentão”. Acho que em todo meu período de quarenta e nove anos pensei nesse momento, comentava com algumas pessoas sobre fazer cinqüenta anos e o mais legal é que sempre pensei positivamente, de longe isso representa algum tipo de preocupação ou neura pra mim, ao contrário. Estou muito feliz com isso, mas passei o último ano todo pensando muito nisso.

Acho que a vida vai começando novamente nessas datas, tipo “a vida começa aos cinqüenta”, eu diria. A gente consegue enfrentar os problemas da vida com mais naturalidade, aprende a dar tempo ao tempo, olha para os outros com outros olhos. Coisas diferentes passam a ter mais valor pra gente, dedicamos nosso tempo a coisas mais interessantes na vida, enxergamos o belo. Voltamos a brincar com as coisas, com as pessoas, como se fôssemos adolescentes, não pra fugir da idade mas como prova de que a gente tem mesmo é que brincar, levar a vida menos a sério. Recuperamos a condição de chorar com mais facilidade, às vezes até com coisas bobas choramos. Isso tudo não é um discurso cheio de chavões, de frases prontas tiradas de livros de auto-ajuda ou de opiniões formatadas, marqueteiras, pra vender alguma coisa, é sim puro sentimento. Só que essas coisas todas pra acontecerem de fato, exigem mesmo um exercício constante. Pra sair do discurso temos que nos lembrar disso toda hora, vencer as pressões contrárias que são várias e não se chatear com qualquer coisa.

Com cinqüenta anos de idade a gente perde um pouco da mobilidade que tinha aos vinte e cinco anos, já não interpreta as funções do novo celular assim tão rapidamente, além de outras coisinhas, mas, por outro lado, ganha muitas outras habilidades que compensam muito mais como utilizar atalhos pra chegar onde se deseja ou pra conquistar alguma coisa que agora queremos. Tá, ganhamos também uma barriguinha (“termo-encolhível” - no calor do verão dá pra dar uma encolhidinha ainda), mas mesmo assim nos achamos mais bonitos do que quando tínhamos menos idade. Nada de pintar o cabelo, como alguns amigos desconfiam, dou graças que eles ainda estão na minha cabeça (os cabelos e os amigos). Não sei quanto tempo de vida me resta pela frente, minha visão mais otimista é que talvez eu tenha chegado hoje à metade do meu caminho, ou perto disso. Quando penso nisso vejo que de fato tenho que melhorar cada vez mais, me preocupar cada vez menos pra chegar lá.

Bem, pra terminar quero agradecer aos que leram até aqui (sei que escrevi demais). Agradecer às pessoas que passaram ou passam por minha vida, muitos amigos nem tenho mais contato mas, sou igualmente grato e tenho muita consideração. Muitos para os quais escrevo agora conheci há pouco tempo, outros tenho um relacionamento comercial, outros conheço há mais de trinta anos mas como a idéia aqui foi falar sobre sentimentos, tal qual nesse assunto de aniversário, a cronologia pouco importa. Então é isso, muito obrigado meus amigos, de certa forma me presenteei me comunicando com vocês.

Fernando Raasch Gerente Comercial

Intelligence Group Revista Móveis de Valor

Um comentário:

Anônimo disse...

Lorenzo, obrigado pela publicação em seu blog. O texto teve o propósito de falar a mim mesmo e a outros que se encontram nessa mesma posição, o quanto o lado humano deve permear as relações de trabalho. Abraços.

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